A Umbanda, em sua doutrina, considera em sua teologia duas
leis essenciais da vida: a do carma e a do retorno. A lei do carma está
intrinsecamente ligada às nossas vidas passadas, refletindo quem fomos, nossas
ações, nosso tratamento com os outros e com nós mesmos. Através da
reencarnação, temos a oportunidade de reparar nossos erros e cumprir nossa
missão, enfrentando os desafios que nos são impostos. O carma pode se
manifestar nas relações interpessoais e espirituais, conectando-nos com pessoas
que conhecemos de outras vidas.
Por outro lado, a lei do retorno atua de forma mais imediata,
trazendo reações positivas ou negativas para cada ação que realizamos. Se não
aprendemos com as consequências de nossos atos em vida, podemos gerar carmas
para nós mesmos. É como uma cobrança que não pode ser evitada, guiando-nos
através das escolhas que fazemos.
Os guias espirituais da Umbanda orientam sobre como viver em harmonia, ensinando seus frequentadores sobre merecimento, perdão, evolução e transformação. As leis do carma e do retorno atuam como reguladores do livre arbítrio, lembrando-nos de que somos livres para escolher, mas não para controlar as consequências de nossas escolhas. Em suma, colhemos aquilo que plantamos, e é essencial compreender que nossas ações moldam nosso destino.
Na Umbanda Sagrada ligamos o carma à Logunan (aquilo que foi ontem,
que ficou no passado, mas retroage e influencia o presente), enquanto ligamos a
lei do retorno a Xango (o que plantamos, colhemos).
Podemos evitar novos carmas e lei de retorno atuando com Egunitá (ações preventivas no campo da Justiça). Estas regulações, reparações e aprendizados nas tratativas das relações humanas estão intrinsicamente inseridas em nosso processo de evolução.
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