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Mostrando postagens de 2024

TRONO MASCULINO DA GERAÇÃO

O Trono Masculino da Geração na Umbanda Sagrada é o trono que vibra o encerramento de ciclos, o esgotamento e finitude das energias, das coisas, dos tempos, um reino que podemos fazer uma analogia a um “buraco negro”. Na física entendemos “Buraco negro” como uma região do espaço-tempo em que o campo gravitacional é tão intenso que nada — nenhuma partícula ou radiação eletromagnética como a luz — pode escapar dele. Trabalhamos a energia deste trono principalmente na figura do Orixá Omolu, regente da morte, da terra seca, dos cemitérios, do fim das coisas. Omolu é o Orixá que rege as almas no seu aspecto final, de dar fim, de encerrar a vida, o ultimo suspiro, a melhora da morte, o próprio esquecimento ao longo do tempo, uma energia instintiva e trituradora tão forte que nem a luz pode fugir dela. Um dos seus sincretismos é São Roque, um santo da Igreja Católica Romana, protetor contra a peste e padroeiro dos inválidos, cirurgiões, e dos cães. É também considerado por algumas como

MARIA NAVALHA

  Maria Navalha é uma entidade muito conhecida na Umbanda, sendo considerada uma poderosa guerreira espiritual que atua cortando os males pela raiz. Ela é descrita como uma entidade que atua pela lei divina à serviço e vibração de Ogum,  todavia, se manifesta na linha de malandros ou de esquerda como uma pombogira. Em alguns terreiros como no T.U.S. Caboclo Pena Verde e Flecheiro de Aruanda a linha de malandros e de baianos atuam em conjunto. A variação da tratativa desta linha terá mudanças de casa para casa e de doutrina para doutrina. Conhecida como a rainha da malandragem, Maria Navalha é temida pelos inimigos, pois açoita de frente aqueles que tentam prejudicar seus protegidos. Ela é uma entidade forte e determinada, que não tolera injustiças e age com firmeza para proteger aqueles que buscam sua ajuda e para cobrar aqueles que fizeram dívidas com a lei divina. Quando incorporada em um médium, Maria Navalha transmite sua energia e força, dançando, cantando, gargalhando e atuando p

TRANCA RUAS PREZA PELA HONESTIDADE E GRATIDÃO

  Exu Tranca Rua das Almas é um dos mais conhecidos e respeitados Exus da umbanda e da quimbanda. Sua energia é forte e sua presença é marcante, sendo muitas vezes associado à proteção e à abertura de caminhos. No entanto, o que nem todos sabem é que Exu Tranca Rua das Almas também é o cobrador do bom caráter e da gratidão. Em suas atuações, Exu Tranca Rua das Almas costuma destacar a importância de manter um bom caráter e de ser grato pelas bênçãos recebidas, de fazer por merecer os caminhos abertos. Ele valoriza a humildade de assumir erros e de buscar a melhoria contínua, mostrando que a honestidade e a integridade são valores fundamentais para uma vida plena e bem-sucedida. Além disso, seu Tranca Rua das Almas também é conhecido por desmascarar o mentiroso e o falso, revelando a verdade por trás das máscaras e das falsas promessas e se necessário, fechar os caminhos dos mal intencionados. Ele não tolera a falsidade e a manipulação, e está sempre atento para proteger aqueles que são

NANÃ BURUQUE NA UMBANDA

  Nanã Buruque é o Orixá feminino do trono da Evolução na Umbanda Sagrada. Ela é conhecida como a senhora do envelhecimento e amadurecimento, representa a sabedoria de vida. Nanã Buruque é a personificação da maturidade, da experiência e da tranquilidade. Ela é a guardiã dos velhos e anciões, dos mistérios da vida e da morte, sendo responsável por guiar os espíritos em seu caminho de evolução espiritual. Seu papel é o de trazer paciência, equilíbrio e harmonia, ajudando aqueles que a ela recorrem a encontrar a paz interior e a sabedoria necessária para enfrentar os desafios da vida. A energia de Nanã Buruque na Umbanda é serena e tranquila, mas ao mesmo tempo poderosa e transformadora. Ela nos ensina a aceitar o ciclo natural da vida e o tempo das coisas, incluindo o envelhecimento, a morte e a incontrolabilidade sobre estes fenômenos. Seu axé nos ajuda a compreender que o verdadeiro crescimento e evolução vêm da aceitação e da transformação das experiências vividas, sem temermos o cam

EXU

Exu é uma entidade muito presente nas religiões de matriz africana, sendo frequentemente associado à comunicação, à proteção, magia e à justiça. No entanto, é importante ressaltar que não se deve romantizar Exu, pois ele é uma entidade que corre nos caminhos do bem, mas que também é capaz de ir até as sombras para desfazer os males e cobrar a lei. Exu é muitas vezes representado como um mensageiro entre os seres humanos e os orixás, sendo responsável por levar as oferendas e as mensagens dos fiéis aos deuses. Ele também é conhecido por ser um guardião dos caminhos, abrindo as portas para que as energias positivas possam fluir e protegendo contra as influências e feitiços negativos. No entanto, é importante lembrar que Exu não é apenas uma entidade benevolente. Ele também é capaz de lidar com as energias mais densas e negativas, sendo capaz de desfazer os males que possam estar presentes no caminho de seus seguidores. É importante entender que Exu é uma entidade complexa, acima da moral

TRONO MASCULINO DA JUSTIÇA

Texto elaborado pelo Pai Eduardo de Oxossi - mantenha a referência do Blog Baiano Juvenal! Xango é o Orixá maculino do trono da Justiça na Umbanda Sagrada. Xango é regente das pedreiras, do fogo, do trovão, considerado um rei muito sábio e justo. É a vibração deste trono que traz o equilíbrio entre as relações humanas, atuando sobre as leis (humanas e espirituais), sobre a meritocracia, honra, caráter, sobre a imparcialidade, a consciência de julgamento, e portanto, influencia diretamente nas escolhas e decisões que tomamos. Dentro do trono da Justiça nossas ações são vistas e registradas sobre o olhar das pedreiras como uma balança, sejam as ações desta vida ou as ações de vidas passadas, por isso ouvimos com frequência: “tome muito cuidado para pedir algo a Xango, pois ao atender um pedido ele fará também a sua avaliação e a de seus atos”, em outras palavras, ao atender o pedido do pedinte, ele olhará primeiro para seus atos e depois para os atos dos seus inimigos. Xango em s

TRONO FEMININO DO CONHECIMENTO - POR EDUARDO DE OXOSSI

Texto elaborado pelo Pai Eduardo de Oxossi - mantenha a referência do Blog Baiano Juvenal! Obá é a Orixá feminino do trono do conhecimento na Umbanda Sagrada. Obá na Umbanda é frequentemente associada a terra fresca terra das matas, terra fresca de plantas, terras férteis e fins, deixando as terras secas reservadas à Omolu e Obaluaê. No Candomblé Obá é associada às águas revoltas, águas barrentas e avermelhadas, águas que se manifestam com fúria e de natureza implacável. Seja terra ou água, Umbandas e Candomblés concordam que Obá está presente exatamente naquele encontro (água/terra), em especial, nas terras úmidas avermelhadas ou águas turvas barrentas.   Obá é uma Orixá guerreira, representa as ancestrais mulheres amazonas cuja aldeias inteiras foram construídas, lideradas e mantida por mulheres. Obá representa a concentração do conhecimento, a resistência, a disciplina, o foco, a garra, a determinação, a força de vontade motivada pelo “querer”, pelo compromisso de se chegar em u

A LINHA DE PRETOS VELHOS – POR EDUARDO DE OXOSSI

Texto do Blog Baiano Juvenal - mantenha a referência! Autor: Eduardo de Oxossi A Linha de Pretos Velhos é uma das mais antigas nas religiões que trabalham com incorporação, digo isso, pois antes mesmo da consolidação e organização da Umbanda, o próprio Zélio Fernandino de Moraes foi levado a uma benzedeira que trabalhava com esta linha.   A Linha de Pretos Velhos é considerada a linha das “almas”. São eles que trabalham e atuam no fluxo das almas (desencarnes, reencarnes, desobsessão, resgate, orientação, amparo e outras necessidades junto aos espíritos). São inúmeros nomes conhecidos de Pretos e Pretas Velhas: Pai Joaquim das Almas, Pai João de Angola, Pai Antônio do Cruzeiro, Rei Congo, Vô Benedito das Almas, Vó Maria Redonda, Mãe Joana de Angola, Vó Luzia de Aruanda, Vó Maria do Rosário, Mãe Dalva do Congo, Pai Mané das Estradas, Pai Benedito de Aruanda e muitos outros espíritos de luz que trazem em seus nomes e mistérios a sua luz e contribuições para nossa evolução nest

TRONO MASCULINO DA LEI – POR EDUARDO DE OXOSSI

   Texto elaborado pelo Pai Eduardo de Oxossi - mantenha a referência do Blog Baiano Juvenal!  Ogum é o Orixá masculino do trono da lei na Umbanda Sagrada. Ogum é regente da guerra, do ferro, das ferramentas de trabalho, dos caminhos, das estradas, dos trilhos de trem, dos avanços da tecnologia, dos avanços da sociedade e afins. É ele quem nos empodera nas batalhas da vida: batalhas contra doenças, contra demandas, contra dívidas, contra obstáculos, contra vícios, contra espíritos de baixa luz, contra tudo aquilo que tenta agir contra nós.   Ogum é considerado o general da Umbanda, aquele que empodera os outros tronos, regente do trono e aplicação da lei divina, é seu exército, sua vibração e energias do seu reinado que fazem cumprir as ações superiores, é ele quem executa as ações, é a força executora à favor da lei, à favor da ordem, à favor de chegar em determinado objetivo.   O trono masculino da lei é muito eficaz para desfazer e cortar magias invertidas, pedir pela puni

A ARMADILHA DE OXUM

  Diz uma lenda que mãe Oxum guardava em um cofre com as mais belas riquezas do mundo e este ficava localizado em um escondido para que ninguém pudesse encontrar tais maravilhas.   Com receio que algum inimigo viesse cobiçar, roubar, perturbar seu local sagrado, ela deixou omolocum com veneno na porta.   Certo dia quando um caçador de tesouros descobriu o local, se deu de frente com esta bela comida repleta de iguarias cujo cheiro e aparência nunca envelheciam e ao mesmo tempo encantava e enfeitiçava os olhos de quem estivesse ali.   Cansado e faminto da viagem, comeu omolocum e morreu. Seus ossos foram dados ao exu caveira que também fazia sentinela naquele santuário.   Oxum tem essa característica, ela espera ser atacada para se defender, mas quando levanta, não tem piedade dos seus inimigos!   Quem sabe o que faz, não pena na mão de gente mal intencionada!   Pai Eduardo de Oxóssi Oraieieooo

A LINHA DE CABOCLOS DAS MATAS

Texto do Blog Baiano Juvenal - mantenha a referência! Autor: Eduardo de Oxossi A Linha de caboclo das matas acolhe espíritos de diversos seres oriundos de povos originários ligados à arquétipos de Caboclos, Caciques, Pajés, Curandeiros, Xamãs e outros papeis característicos de culturas, tribos e aldeias, ou seja, característicos das comunidades que já existiam em uma determinada terra, região e território antes da colonização do homem branco.   Durante muito tempo da história, inclusive ensinado nas escolas, o homem branco se referiu aos povos originários como “índios” na tentativa de rotulá-los como primitivos e atrasados em relação a comunidades brancas.   Hoje em dia, com o avanço da informação já se tem um entendimento diferente de antigamente, em outras palavras, já se entende que um povo não tem direito de escravização e colonização sobre o outro. Quem é a nação A para referir-se à nação B como atrasada? Atrasada para quem? Quem determina estes parâmetros?   Troca-se