Autor: Eduardo de Oxossi (Dirigente espiritual do T.U.S. Caboclo Pena Verde e Flecheiro de Aruanda).
Sempre que lermos um texto "a história do guia tal" devemos ter em mente que aquela história é daquele guia e não da falange toda, ou seja, neste texto, por exemplo, vamos contar a história de um Exu Sete Covas e não a história de toda falange Sete Covas. Na dúvida sobre este assunto, procure o pai de santo de sua confiança e conheça a doutrina da casa que você frequenta.
Se você trabalha com Exu Sete Covas, ele mesmo pode lhe contar a história dele ou à um cambone se for permitido. Boa leitura!
EXU SETE COVAS
Exu Sete Covas em vida foi um escravo muito bonito que era protegido pelas mulheres brancas de sete fazendas da região. As mulheres (donas e sinhás usavam o escravo entre elas como objeto de desejo sexual na ausência de seus maridos). Mascaravam, esta situação alegando que o escravo era um ótimo funcionário para serviços pesados domésticos.
Certa vez ele foi descoberto por um dos 7 fazendeiros e este decretou a sua morte através do desmembramento, ou seja, teve o seu corpo amarrado a 7 cavalos (um de cada fazenda) e estes puxavam-no em direções opostas até ter o seu corpo esquartejado.
A raiva dos fazendeiros era tanta que pediram aos capatazes para sair arrastando os membros pelas 7 fazendas da cidade. Seus restos mortais se dividiram em sete e foram enterrados em sete covas diferentes para que não pudesse nem em pensamento voltar a vida e para que cada uma destas mulheres tivessem como lembrança o que acontece com quem desafiava o poder dos fazendeiros. Este castigo era o preferido deste fazendeiro em específico para punir os escravos e pessoas que a ele tivesse a audácia de enfrentar. Inclusive, mandou matar a esposa da mesma maneira.
Este escravo foi resgatado como um quiumba revoltado, pois não teve se quer como se defender, e pior, havia se apaixonado por uma das sinhás. Ganhou a oportunidade de trabalhar na linha de Exu Sete Covas e uma das cosias que ele mais gosta de combater é o abuso de poder, o combate aqueles que agem de forma injustas e desleais para ganhar suas batalhas e conseguir as suas coisas, aqueles que agem na traição e usam a morte não como uma forma de clemência e finitude de ciclos, mas usam-na invertidamente como forma de agonia, dor e sofrimento.
Reparou seus erros, pois em vida também não tinha o direito de compactuar com aquelas situação de traições e aprendeu a ser um espírito muito leal à quem o carrega e à quem merece.
Através do mistério das Sete Covas este Exu se aperfeiçoou no mistério da morte, no mistério de Omolu. Ele conhece a morte indo e vindo pelas sete Catacumbas, pelos 7 tronos de Deus, pelas sete linhas de Umbanda e Quimbanda. Na foto abaixo, temos uma imagem popular do Exu Sete Covas na Quimbanda.
Seu Sete Covas está presente em alguns terreiros ensinando seus médiuns e consulentes a aceitar e entender o termino de ciclos, pois a morte na visão de Omolu não é apenas o término da vida, mas pode significar términos necessários para nossa evolução. Seu Sete Covas leva para o túmulo tudo aquilo que precisa ser desgastado, diluído, concluído, finalizado, terminado, ou seja, ele tem sete caminhos para colocar seus pontos finais.
É um ótimo Exu para colocar término em brigas, vícios, traições, dores, sofrimento, demandas, etc. Laroye seu sete Covas!
PONTO CANTADO DE EXU SETE COVAS
O sete covas ele na verdade era um gratiao da igreja e irmão do sete catacumbas
ResponderExcluirEu sei porque o próprio sete catacumbas me falou
ResponderExcluirSerá pq ele me escolheu queria saber ?
ResponderExcluirEu tenho ele mais não e muito de falar sobre ele gostaria de saber mais sobre ele
ResponderExcluirLindo texto.
ResponderExcluirTrabalho com este Exu
ResponderExcluirE a história bateu com a que ele me passou através da cambone aq do meu terreiro,quando eu li me arrepiei td....
Eu descobri hj q tenho esse exu só trabalhei com ele 2 vezes
ResponderExcluir