O azeite de dendê é um tipo de óleo (escurecido) produzido a
partir do fruto da palmeira conhecida como dendezeiro ou palma, popular nas culinárias africana e brasileira
(Acarajé, Momoamba de galinha, vatapá, farofas, etc), usada ainda em rituais de
Umbanda e Candomblé.
Na Umbanda é usado principalmente em procedimentos de Xango/Yansã (Casal dendê), linha
de Baianos e de Esquerda (Exu, Pomba Gira e Exu Mirim).
No candomblé ele representa uma espécie de sangue vegetal e é contra
indicado para rituais com os Orixás do branco (em algumas casas e nações). Além
da culinária de santo, pode-se observar o seu uso em Ebós, feituras,
cerimoniais, etc.
Em casas de Quimbanda pode ainda ser atrelada a magia negra,
devido ao seu aspecto de “sangue” e pela capacidade de aquecer uma situação,
portanto, é um ótimo elemento para batalhas e Orixás ligados a isso (Ogum,
Xango, Exu, Yansã, etc). Para as Yamins, ele pode ser utilizado como substituição
do ejé.
O Dendezeiro é tão
importante para as religiões de asé que até as suas folhas secas (Mariô) são
aproveitados em portas e janelas para espantar energias negativas. Estas folhas
ainda podem ser usadas em roupas de santo, assentamentos e funções.
O manejo do dendê tem o fundamento de aquecer, esquentar, energizar, potencializar, preparar para guerra, combater, etc. Não é a toa que é ligado a Orixás de fogo e da guerra. Portanto, é necessário se ter cuidado com o que vai fazer com ele para não iniciar uma guerra ou incêndio que não possa controlar.
"Tão forte quando a espada de Ogum é o escudo de Oxaguian. A diferença é saber quando lutar e quando defender. Umbanda e Candomblé tem fundamento e é preciso estudar!"
Na dúvida sobre como e para que manusear o dendê, procure o pai de santo de sua confiança e entenda a doutrina da casa que você frequenta.
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