A Incorporação na Umbanda é o processo onde o guia espiritual (Caboclo, Marinheiro, Baiano, etc) e seus Orixás (Ogum, Oxum, Oxossi, outros) somam presença no aparelho (matéria) do médium.
Diferente do que muita gente acha, a alma do médium não sai do corpo para outra entrar, mas sim, somam forças em um terceiro processo chamado incorporação.
Incorporação é portanto, um momento onde o 1) médium (Corpo e alma) + 2) Presença do guia ou mentor espiritual geram um terceiro ser (a soma dos dois primeiros). Este processo exige estudos, autoconhecimento, prática e muita concentração.
Os guias já são evoluídos, quem precisa aprender o processo são os médiuns. Conforme o médium avança em sua jornada mediúnica, ele vai ficando mais firme e leve em relação aos trejeitos do guia, linguajar, movimento, uso de adereços, chegada, subida, permanência em solo, etc.
Mesmo para o médium mais velho, a concentração é fundamental para uma boa qualidade do processo. Incorporação não é uma possessão onde o trabalho fica todo e somente para o guia espiritual, mas trata-se de um trabalho conjunto.
O médium precisa preparar o seu corpo com atitudes, preceito, banhos, outros e treinar a sua capacidade de entrar em conexão com o sagrado que vai se manifestar ali.
Para uma boa incorporação, quando você for a gira:
- Já vá em pensamento com a linha que vai ser trabalhada;
- Vá conversando com seu sagrado;
- Desligue-se dos pensamentos do mundo exterior;
- Fechar os olhos ajuda na concentração;
- Vá observando seu corpo, sua respiração, já conectando o pensamento;
- Permita-se esvaziar do externo e preencher-se com a energia a ser incorporada;
- Não foque na incorporação alheia e nem fique pensando no que os outros vão ou possam pensar de você;
- Foque em deixar seu corpo servir de instrumento, da energia que deseja se manifestar ali.
Não existe uma receita mágica, a qualidade da incorporação vai melhorando conforme o médium se dedica a ela e conforme ele internaliza o que ela nos traz de ensinamento, propósito e evolução.
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