Nesta lenda conta-se que Obaluae era um menino muito
desobediente (tal como são seus filhos!) só aprendia com castigos, inclusive em
um de seus castigos sua mãe Nanã o castigou com varíola por desobedece-la em
brincar em um jardim pisoteando em suas flores.
Para quem não sabe a Varíola é uma doença contagiosa aguda
(oficialmente declarada extinta do planeta na década de 1970), de origem viral,
caracterizada por febre, dor no corpo, vômitos e lesões cutâneas.
Obaluae cresceu e mesmo com a tal peste tornou-se um homem
muito bonito, todavia, com vergonha pois em sua adolescência foi apontado pela
doença e ninguém queria chegar perto dele, ele decidiu se cobrir com palha para
isolar-se das pessoas.
Já adulto, despertou a curiosidade de uma geniosa guerreira
chamada Yansã. Com a dança fez ventar e soprou a palha de Obaluae e viu que o
belo moço estava doente. Com magia do vento, do fogo e do dendê ventou sobre
Obaluae e suas feridas caíram como pipoca.
Deste dia em diante Obaluae ficou abençoado com o poder das
doenças (Advindas da idade, da evolução e dos castigos de sua mãe Nanã) e da
cura com a magia dos ventos de Yansã. Até os dias de hoje é possível adoecer e
curar-se com o vento, com os sopros e com o ar.
Em outras lendas, aparece Obaluae sendo curado por Yemanjá,
inclusive que incentivou a criação do ponto “Yemanjá ouvindo aquele choro, a
beira mar ela foi surgindo, pegou Obaluae em seus braços e em alto mar com ela
foi morar...”, mas esta já é uma outra lenda e fica para um outro texto.
Abc,
Pai Eduardo de Oxossi
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