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ORIXÁ REGENTE PARA 2026: OXÓSSI - POR EDUARDO DE OXOSSI

 


 

Texto: Pai Eduardo de Oxóssi

 

INTRODUÇÃO

 

Antes de adentrarmos naquilo que eu (Pai Eduardo) acredito como vibrações de Oxóssi para o próximo ciclo, é fundamental para o nosso entendimento doutrinário esclarecer que o conceito de "Orixá Regente do Ano" é uma prática particular adotada por diversas casas, mas não por todas.

 

Reconhecemos, em essência, que a força e a irradiação de todos os Orixás se fazem presentes em cada momento de nossas vidas, pois são as Sete Linhas que sustentam toda a Criação Divina de Olorum.  Contudo, quando mencionamos a "Regência de Oxóssi para 2026", referimo-nos ao Orixá cuja irradiação de força se manifestará em uma frequência vibratória mais intensa e evidente ao longo do ano, influenciando os desafios e as oportunidades que se apresentarão à humanidade.

 

É a tônica energética que nos convida a trabalhar com maior dedicação os mistérios daquele Trono Divino — neste caso, o Trono Masculino do Conhecimento e da Fartura. É a bússola que a espiritualidade nos oferece para orientar nossa fé, nossa estratégia e nosso esforço de busca.

 

REGÊNCIA DE OXOSSI PARA 2026

 

Aos leitores, amigos e simpatizantes do Blog Baiano Juvenal, com o coração em festa e a intuição aguçada via mestre Tranca Rua das Almas, anuncio que a regência de Orixá para 2026 em nosso terreiro (T.U.S. Caboclo Pena Verde e Flecheiro de Aruanda) será de nosso pai Oxóssi, o Orixá das matas, guardião do Trono Masculino do Conhecimento, da Caça e da Fartura.

 

A chegada de Pai Oxóssi, o rei de Ketu (para nações de Candomblé) e mestre das matas (na Umbanda), traz consigo a promessa da abundância, mas não de forma aleatória: sua energia é a do caçador que não erra o alvo, da precisão, da observação estratégica e do foco disciplinado.

 

Oxóssi, para a Umbanda Sagrada, é o regente do Trono Masculino do Conhecimento, aquele que irradia o saber, estimula o raciocínio e a expansão de novos horizontes, e em 2026, a flecha do Orixá não será apenas uma busca por alimento material, mas sim uma mira direcionada ao sustento integral — o sustento da mente, do espírito e do corpo físico, exigindo de nós uma atitude de caçadores atentos na selva da vida.

 

No plano das macro-tendências e da economia, a influência de Oxóssi será sentida como um forte apelo à ética na produção, ao uso consciente dos recursos e ao respeito pela ancestralidade da terra. Como guardião das matas e provedor da caça, sua regência favorece os setores ligados à terra, à agricultura sustentável, à biotecnologia e a tudo que envolve a cura pelas ervas, terapias alternativas e a sabedoria natural.

 

Veremos um movimento crescente de valorização da origem dos alimentos e da cadeia produtiva, com uma exigência maior por transparência e responsabilidade ambiental, onde a busca pela prosperidade deve honrar a Lei de Olurum, que rege a criação e a manutenção da vida. A economia global, após anos de turbulência, tenderá a buscar uma "caça" mais certeira e menos predatória, privilegiando investimentos com retorno de longo prazo, baseados em dados, pesquisa e conhecimento aprofundado – a flecha certeira do Orixá que sabe exatamente onde atirar, mas que também sabe plantar para o futuro.

 

No mercado de trabalho e nas relações profissionais, o arquétipo do caçador se manifesta de forma decisiva, reforçando que Oxóssi é o Orixá da astúcia, do planejamento e da disciplina. Profissionais que investirem em aprendizado contínuo, especialização e desenvolvimento de novas habilidades serão amplamente favorecidos, pois a busca pelo "conhecimento que gera fartura" será a máxima deste ciclo.

 

As organizações que souberem valorizar a pesquisa, a inovação silenciosa e a atuação estratégica, longe do "barulho" da impulsividade, colherão frutos. É o ano ideal para estruturar projetos de longo prazo, reorganizar fluxos de trabalho com foco em eficiência e estimular a cultura de precisão e excelência, lembrando que a sabedoria das matas ensina que a paciência e a observação são tão importantes quanto a velocidade.

 

Em 2026, seremos convidados a construir um repertório comportamental mais adaptativo, trocando a impulsividade pela observação e planejamento, e as recompensas (a caça) virão para aqueles que se dedicarem a um esforço consciente e ético (o trabalho disciplinado), sendo a procrastinação e a dispersão os maiores inimigos do sucesso neste ciclo regido pelo Caçador.

 

Ainda nas tendências de comportamento social, a figura do Orixá Caçador, que provê para a comunidade, inspira uma nova leitura sobre a Diversidade, Equidade e Inclusão (DEI), traduzida na Umbanda como a irmandade e o acolhimento. Oxóssi traz a fartura que deve ser repartida, a caça que alimenta a tribo, e veremos um crescimento na conscientização sobre a importância de garantir que o "alimento" – as oportunidades, o conhecimento, os recursos – chegue a todos os cantos da "mata social".

 

É um período propício para a implementação de políticas de inclusão que visem o desenvolvimento de talentos minorizados, enxergando neles o potencial de "caça" e de provimento para o coletivo, pois, para o Orixá, uma tribo forte é aquela onde todos os seus membros estão nutridos e prontos para contribuir com a sobrevivência e a prosperidade mútua.


2026 NA NUMEROLOGIA E ASTROLOGIA


Numerologia estabelece que o ano de 2026 será regido pela vibração do Número 1 (resultado da soma 2+0+2+6=10, que se reduz a 1). Essa energia universal representa o início de um novo ciclo de nove anos, simbolizando o nascimento, o pioneirismo, a iniciativa e a semente. No plano coletivo, 2026 será marcado por um forte impulso para recomeços, estimulando a coragem para dar o primeiro passo, a criação de novos projetos e a busca pela autonomia e pela liderança. 


A energia do 1 exige que cada indivíduo se coloque como protagonista de sua própria jornada, promovendo transformações e inovações; no entanto, o desafio é evitar os excessos do ego, a impulsividade e a impaciência. Essa vibração de "início" se alinha perfeitamente com a regência de Oxóssi, o Orixá do Conhecimento, pois ambos clamam por visão estratégica, foco e a audácia de atirar a flecha para inaugurar novos caminhos de prosperidade e sabedoria.


Um outro ponto de vista sob a perspectiva numerológica do ano de 2026, embora seja universalmente reduzida ao Número 1, resulta primeiramente da soma 10 , podemos também considerar uma análise de sua totalidade, ou seja, o 10 é um número de grande potência, simbolizando o "Portal da Roda da Fortuna", onde se encerra a série dos dígitos simples e se inicia um novo nível de complexidade e realização. 


O número 10 carrega a força do 1 (início, coragem) potencializada pela energia do 0 (totalidade, potencial infinito e Deus). Isso significa que 2026 não é apenas um ano de começos simples, mas sim um ciclo que oferece recompensas kármicas e a oportunidade de manifestar o destino com base nas escolhas feitas nos ciclos anteriores. Ele demanda que a iniciativa do 1 seja combinada com a reflexão e a fé do 0, convidando a um salto quântico de consciência e propósito, onde a semente plantada (1) é abençoada com o potencial ilimitado do Universo (0), alinhando-se à fartura de Oxóssi que é alcançada através da ação correta e da espiritualidade.


Já na astrologia o planeta regente de 2026 é Marte, que traz energias de ação, coragem e iniciativa. Essa influência pode levar a um ano de decisões firmes, busca por afirmação pessoal e enfrentamento de desafios, mas também pode aumentar a impulsividade e a competitividade. Na Umbanda Esotérica Marte estaria mais associado a Ogum, todavia, engana-se quem acha que Oxossi não é capaz de levar uma guerra! Oxossi aprendeu com Ogum e como tal, uniu a capacidade de estratégia com a força de um grande caçador. 

 

CAMPO AMOROSO PARA 2026

 

No plano afetivo, a tendência é que, nos próximos ciclos, haja uma maior disposição para a conexão autêntica, onde as pessoas buscarão se envolver com propósito e responsabilidade, superando a chamada "fadiga de encontros" (date burnout) e evitando o excesso de relacionamentos casuais em favor de vínculos mais profundos e verdadeiros. 


Em sintonia com essa busca por propósito, a autonomia se tornará um valor central: as pessoas priorizarão o seu próprio ritmo e bem-estar, em vez de ceder à pressão social ou familiar para encontrar um "par perfeito" rapidamente, dedicando-se ao autoconhecimento antes de se abrir para o outro. Por fim, esta autenticidade será refletida na personalização dos compromissos e celebrações, onde eventos como casamentos serão moldados de forma única e significativa, refletindo a história, as conquistas e a forma de amar específica de cada casal, honrando a individualidade dentro da união.

 

O cenário é marcado pela "Intencionalidade no Amor", impulsionada majoritariamente pela Geração Z e por aqueles que rejeitam os "joguinhos" e a falta de propósito, buscando a clareza de comunicação e a valorização de afinidades, além da segurança emocional. Essa tendência fomenta o "Micro-Romance" — gestos simples, mas significativos — e exige a desconstrução de padrões tóxicos, clamando por maior vulnerabilidade e presença, já que a flecha de Oxóssi nos lembra que a mira deve ser precisa, e a intenção, verdadeira.

 

A outra grande tendência é a "Digitalização Profunda do Afeto", onde a tecnologia não apenas media, mas compete com os relacionamentos humanos, com a Inteligência Artificial Pessoal e os chatbots de companheirismo se tornando atrativos. Este fenômeno, chamado de AI-lationships, que já existe e pode se intensificar, levanta um debate ético sobre a solidão e a busca por conexões seguras, pois a satisfação de ter um companheiro não crítico e sempre disponível pode levar ao isolamento social.

 

Em 2026, os relacionamentos continuarão a ser um campo de prova para essa tensão entre a busca humana por autenticidade e a conveniência de um companheirismo digital, exigindo que o indivíduo defina o que realmente significa "vínculo emocional" para sua alma e seu propósito, valorizando a energia viva e transformadora do contato real em detrimento do afeto simulado.

 

SAÚDE PARA 2026

 

O panorama de saúde para o Brasil em 2026 será definido pela dupla pressão das Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNTs), como diabetes, câncer e hipertensão, e pela consolidação da crise de saúde mental como uma epidemia silenciosa. O envelhecimento populacional e a persistência de fatores de risco (sedentarismo e obesidade) continuam a sobrecarregar o sistema, deslocando o foco da assistência reativa para a urgência da prevenção e promoção de hábitos saudáveis.

 

Instituições de saúde e o setor corporativo estão sendo impulsionados a investir em programas de bem-estar integral, reconhecendo a saúde mental, caracterizada por altos índices de ansiedade e estresse pós-pandemia, como um pilar essencial para a sustentação da vida, ecoando o chamado de Oxóssi para o equilíbrio e a calma do caçador.

 

Paralelamente, a tendência de Saúde Digital e Telemedicina avançada se consolida, marcando uma migração do cuidado centralizado em hospitais para a assistência remota e domiciliar, o que exige uma rápida adaptação de tecnologia e processos, tanto no SUS quanto na saúde suplementar.

 

Além disso, a saúde se torna um componente chave na agenda de sustentabilidade, com a crescente conscientização sobre a interconexão entre saúde humana, saúde ambiental e mudanças climáticas. Para nós, umbandistas, este é um chamado direto para firmar a conexão com o Elemento Vegetal e a medicina natural, pois as matas, o lar de Oxóssi, são nossos pontos de força, pedindo um retorno à sabedoria das ervas e à alimentação consciente para garantir a saúde que nos permite realizar nossa missão no Aruanda.

 

TODO CONHECIMENTO TRAZ DESAFIOS E RESPONSABILIDADES

 

Existiu um tempo no mundo em que a sabedoria dos exércitos e caçadores era sobre armas, arco, flechas, territórios e armaduras, e isso bastava para vencer guerras e ampliar o domínio dos reinos. Hoje, não mais: a arma dos exércitos e dos grandes caçadores virou o saber e um saber contínuo, ou seja, pronto para mudar a todo momento, e neste sentido, não podemos deixar de mencionar a Inteligência Artificial (IA), que é o grande campo de caça do conhecimento em 2026.

 

A IA Generativa dará um salto da criação de textos e imagens isolados para modelos genuinamente multimodais, e estima-se que a vasta maioria do conteúdo online possa ser gerada por máquinas, tornando a distinção entre o conteúdo criado por humanos e por bots quase impossível, o que exigirá, mais do que nunca, a visão de águia de Oxóssi para buscar a fonte e verificar a origem da informação, combatendo as fakenews e a manipulação da percepção em contextos sociais e políticos.

 

A tendência mais disruptiva de 2026 será a ascensão dos Agentes de IA, programas autônomos capazes de receber uma meta complexa ("gerir a carteira de investimentos", "automatizar o recrutamento") e executar todas as etapas necessárias sem intervenção humana constante, o que impactará drasticamente a eficiência corporativa e liberará profissionais para o trabalho estratégico e relacional.

 

Isso se traduzirá em uma desocupação de tarefas operacionais, exigindo uma rápida requalificação para dominar as novas ferramentas e focar nas habilidades humanas irredutíveis: pensamento crítico, empatia, negociação complexa e, como Pai Oxóssi nos ensina, a visão estratégica de onde atirar a flecha, pois a sabedoria espiritual e a ética serão o grande diferencial em um mundo dominado por algoritmos. 


Com a IA generativa tornando os ataques cibernéticos (phishing e ransomware) ultra-personalizados e em larga escala, a própria Inteligência Artificial se tornará o principal campo de batalha da segurança digital, o que exigirá que a ética, a transparência (governança de IA) e a proteção de nossa identidade sagrada sejam integradas aos sistemas desde o início, garantindo que o "escudo" tecnológico não se torne uma ferramenta de vigilância excessiva contra a nossa liberdade de fé e expressão.

 

MEIO AMBIENTE


As tendências ambientais para 2026 incluem a consolidação da prática e pensamento do lixo zero, a expansão da agroecologia e agricultura regenerativa, a aceleração da transição energética, a integração do design biofílico e o uso de sistemas de reuso de água e energia solar em edificações, além da crescente importância da biodiversidade e justiça climática. A gestão de riscos ambientais e a busca por experiências de turismo de natureza também são destaques.


Em 2026, a Economia Circular passará de um conceito teórico para uma exigência de mercado e regulatória, focada na redução, reutilização, reparo e revalorização de materiais, desafiando o modelo linear "extrair, produzir, descartar", uma atitude que está em plena sintonia com a reverência de Oxóssi pela Natureza.

 

Essa tendência será impulsionada por uma maior integração da tecnologia, como a IA, para rastrear a cadeia de suprimentos e garantir a rastreabilidade do produto "do berço ao berço", enquanto a pressão do consumidor por práticas ESG (Ambientais, Sociais e de Governança) fará com que empresas sejam obrigadas a fornecer transparência e dados concretos, expondo o greenwashing (falsa propaganda ecológica) e afetando sua reputação.

 

No campo ambiental, o cenário negativo não é apenas a persistência das mudanças climáticas, mas a sua intensificação através de eventos climáticos extremos mais frequentes, severos e imprevisíveis, sendo a crise hídrica uma preocupação estrutural que ameaça a segurança alimentar e o valor econômico global.

 

Essa "crise da resiliência climática" forçará governos e empresas a investir massivamente em tecnologias de gestão de recursos hídricos e irrigação eficiente, e para nós da Umbanda, este é um chamado urgente de Pai Oxóssi para a preservação de nossas matas, rios e cachoeiras, os reinos de nossos Orixás. A crise climática leva a uma crescente insegurança alimentar e à eco-ansiedade (solastalgia), que é o sofrimento causado pela mudança no ambiente natural percebido, afetando o bem-estar e a saúde mental da população, provando que a saúde da Mãe Natureza é inseparável da saúde do Espírito.

 

CONCLUSÃO


Em 2026, sob a regência de Oxóssi, Orixá da fartura, do conhecimento e das matas, a espiritualidade Umbandista é chamada a um ano de profundo foco, estratégia e busca por novos saberes.

 

Oxóssi nos ensina a caçar com precisão e inteligência, não com desperdício, orientando que cada intenção e cada ação sejam bem direcionadas. Que este ano traga para a comunidade de Umbanda a clareza para discernir o caminho mais verde e fértil, incentivando o estudo aprofundado da RELIGIOSIDADE, a valorização da Natureza como templo sagrado e a prática da caridade com discernimento, fortalecendo os laços com a sabedoria ancestral, renovando os votos de fé e garantindo que o axé do Caboclo chegue a todos que buscam o sustento e o conhecimento em seus Templos.

 

Que a flecha de Oxóssi nos guie na promoção da justiça, da verdade e do acolhimento, enfrentando os desafios do mundo com a calma e a vigilância do caçador. Que a energia da mata nos inspire a crescer de forma orgânica e sustentável, promovendo a união e o respeito à Diversidade dentro e fora dos terreiros, valorizando cada irmão de fé como parte essencial da Grande Corrente.

 

Que a palavra de ordem seja a fartura de Axé: nos trabalhos espirituais, nas rodas de conversa, na firmeza da fé e na sustentação da vida, garantindo que a força de Oxóssi nos dê o sustento e o conhecimento para que cada umbandista possa manifestar o seu propósito e ser um ponto de equilíbrio e luz, honrando a Umbanda e a espiritualidade que nos rege.

 

Okê Arô!

 

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