A Umbanda em sua doutrina acredita em 2 leis: lei do carma x lei do retorno. A lei do carma está diretamente ligada as nossas vidas passadas, ou seja, a quem formos, como nos comportamos, como usamos nosso livre arbítrio, como tratamos os outros, como tratamos a nós mesmos, como tratamos os animais, como tratamos a natureza, como tratamos a Deus, etc.
Assim como o espiritismo, a Umbanda acredita que através da reencarnação, nos é dado a oportunidade de reparar nossos erros, sendo assim, muito do que passamos nesta vida é a nossa "cruz", a nossa "missão" e, portanto, nosso "carma". O carma pode estar atrelado as nossas relações interpessoais e espirituais, de modo que algum parente ou amigo nesta vida também tenha sido algum conhecido na outra.
Carma parece uma espécie de cobrança ou de retorno que não pagamos em vida e portanto, é necessário a continuidade da penitencia. Nenhuma pessoa cruza nosso caminho ao acaso, nenhuma folha cai de uma árvore sem a vontade de Oxalá.
Já a lei do retorno diz respeito a ação e reação de forma mais imediata, ou seja, tudo que fazemos geral um reação (positiva ou negativa) que retroage sobre nós mesmos alterando, mantendo, inibindo, incentivando, modificando, fortalecendo e gerando nossos comportamentos. Se o retorno não for suficiente em vida para que a pessoa aprenda a ser um indivíduo melhor, isso pode lhe gerar carmas.
Imagine um assassino que matou um casal. Na lei dos homens é condenado a 20 anos de prisão e com 9 anos de sentença ele tira a própria vida ou é assassinado por outros crimes. Ele sai desta vida com um carma a pagar oriundo do retorno de suas ações.
Tanto a lei do carma quanto a lei do retorno estão ligadas ao livre arbítrio (o que plantar x o que colher), Dizem os exus "o que vem sem ser pedido volta sem ser mandado", As falanges, os guias e mentores que incorporam nos médiuns de Umbanda ensinam aos seus filhos e a assistência como age a lei do carma e a lei do retorno para que consigam viver em harmonia uns com os outros.
Os guias ensinam as pessoas a serem merecedoras de coisas melhores, ensinam a perdoar, a se transformar e a transformar os outros. Pode-se concluir que a lei do carma e lei do retorno são reguladores do livre arbítrio de modo que somos livres para escolher o que plantar mas jamais livres para colher, em outras palavras, para concluir: quem escolhe plantar limão, não pode colher morangos.
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