OXOSSI NA UMBANDA
Para a Umbanda Deus se manifesta em 7 energias: Fé (Oxalá e Logunan), Conhecimento (Obá e Oxossi), Amor (Oxum e Oxumaré), Lei (Ogum e Yansã), Justiça (Xango e Egunitá), Transformação (Obaluaê e Nanã) e Geração (Omolu e Yemanja).
Oxossi (São Sebastião) é considerado o patrono dos Caboclos da Mata. É a manifestação do conhecimento de Deus. É o guardião da sabedoria, das folhas, da fauna, da flora, da vida animal, da vida vegetal, protetor dos agricultores, da mesa farta e dos trabalhadores.
Caçador por excelência, é o guardião das tradições, do conhecimento que é passado de geração em geração. É o organizador dos trabalhos, o observador, o estrategista, o planejador. É ele quem traz a fartura, o sustento e a prosperidade.
SÃO SEBASTIÃO
Ele teria chegado a Roma através de caravanas de migração
lenta pelas costas do mar mediterrâneo, que na época era muito abundante de
causa do mar mediterrâneo e o sahara e os dias não tão quente por causa da
latitude em torno de 40°.
De acordo com Actos apócrifos, atribuídos a Santo
Ambrósio de Milão, Sebastião era um soldado que teria se alistado no exército
romano por volta de 283 d.C. com a única intenção de afirmar o coração dos
cristãos, enfraquecido diante das torturas. Era querido dos imperadores Diocleciano
e Maximiano, que o queriam sempre próximo, ignorando tratar-se de um cristão e,
por isso, o designaram capitão da sua guarda pessoal, a Guarda Pretoriana.
Por
volta de 286, a sua conduta branda para com os prisioneiros cristãos levou o
imperador a julgá-lo sumariamente como traidor, tendo ordenado a sua execução
por meio de flechas (que se tornaram símbolo constante na sua iconografia). Foi
dado como morto e atirado no rio, porém, Sebastião não havia falecido.
Encontrado e socorrido por Irene (Santa Irene), apresentou-se novamente diante
de Diocleciano, que ordenou então que ele fosse espancado até a morte. Seu
corpo foi jogado no esgoto público de Roma. Luciana (Santa Luciana, cujo dia é
comemorado a 30 de Junho) resgatou seu corpo, limpou-o, e sepultou-o nas
catacumbas.
Existem inconsistências no relato da vida de São Sebastião:
o édito que autorizava a perseguição sistemática dos cristãos pelo Império foi
publicado apenas em 303 (depois da Era Comum), pelo que a data tradicional do
martírio de São Sebastião parece precoce. O simbolismo na História, como no
caso de Jonas, Noé e também de São Sebastião, é visto, pelas lideranças cristãs
atuais, como alegoria, mito, fragmento de estórias, uma construção histórica
que atravessou séculos.
O bárbaro método de execução de São Sebastião fez dele um
tema recorrente na arte medieval, surgindo geralmente representado como um
jovem amarrado a uma estaca e perfurado por várias setas (flechas); três setas,
uma em pala e duas em aspa, atadas por um fio, constituem o seu símbolo heráldico.
Tal como São Jorge, Sebastião foi um dos soldados romanos
mártires e santos, cujo culto nasceu no século IV e que atingiu o seu auge na
Baixa Idade Média, designadamente nos séculos XIV e XV, tanto na Igreja
Católica como na Igreja Ortodoxa. Embora os seus martírios possam provocar
algum ceticismo junto dos estudiosos atuais, certos detalhes são consistentes
com atitudes de mártires cristãos seus contemporâneos.
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A3o_Sebasti%C3%A3o
OXOSSI (ODÉ) NO CANDOMBLÉ
O nome Oxóssi vem do termo iorubá oṣóòsi ou òsò wúsí, que
significa "o guardião é popular", "caçador ou guardião
popular", "feiticeiro da esquerda" ou "feiticeiro",
pois Oxóssi é um grande e apto feiticeiro, tendo aprendido a lidar com as
magias das folhas, dos animais e da natureza após ter descoberto os segredos
das Iyámi - Òsóòróngá e após ter matado um dos pássaros das Eleyés e ter
livrado o povo de Ketu do feitiço, razão pela qual se tornou o rei e soberano
de Ketu.
Também é chamado de Odé, que vem do termo iorubá odẹ, que
significa "caçador", um adjetivo, devido ao fato de Oxóssi ser o
guardião dos caçadores que caçam para obter seu sustento e o de sua família.
Seu habitat é a floresta, sendo simbolizado pela cor verde
na umbanda, e recebendo a cor azul clara no candomblé, mas podendo usar,
também, a cor prateada nesse último. Sendo assim, roupas, guias e contas
costumam ser confeccionadas nessas cores, incluindo, entre as guias e contas,
no caso de Oxóssi e, também, seus caboclos, elementos que recordem a floresta,
tais como penas e sementes.
Seus instrumentos de culto são o ofá (arco e flecha),
lanças, facas e demais objetos de caça. É um caçador tão habilidoso que costuma
ser homenageado com o epíteto "o caçador de uma flecha só", pois
atinge o seu alvo no primeiro e único disparo tamanha a precisão. Conta a lenda
que um pássaro maligno ameaçava a aldeia e Oxóssi era caçador, como outros. Ele
só tinha uma flecha para matar o pássaro e não podia errar. Todos os outros já
haviam errado o alvo. Ele não errou, e salvou a aldeia. Daí o epíteto "o
caçador de uma flecha só".
Come tudo quanto é caça e o dia a ele consagrado é
quinta-feira. Oxossi Ibualama (ou Odé Ibo) é uma das maiores qualidade de
Oxóssi (é a qualidade do Oxóssi de Mãe Stella de Oxóssi), marido de Oxum Ipondá
e pai de Logunedé. Como os demais Oxóssis, é caçador, rei de Ketu e usa ofá
(arco e flecha), mas se veste de couro, com chapéu e chicote.
Um Oxóssi azul, Otin, usa capanga e lança. Vive no mato a
caçar. Come toda espécie de caça, mas gosta muito de búfalo. Oxóssi é a expansão dos limites, do seu campo de ação,
enquanto a caça é uma metáfora para o conhecimento, a expansão maior da vida.
Ao atingir o conhecimento, Oxóssi acerta o seu alvo. Por este motivo, é um dos
Orixás ligados ao campo do ensino, da cultura, da arte. Nas antigas tribos
africanas, cabia ao caçador, que era quem penetrava o mundo "de
fora", a mata, trazer tanto a caça quanto as folhas medicinais.
Além, eram
os caçadores que localizavam os locais para onde a tribo poderia futuramente
mudar-se, ou fazer uma roça. Assim, o orixá da caça extensivamente é
responsável pela transmissão de conhecimento, pelas descobertas. O caçador
descobre o novo local, mas são os outros membros da tribo que instalam a tribo
neste mesmo novo local. Assim, Oxóssi representa a busca pelo conhecimento
puro: a ciência, a filosofia. Enquanto cabe a Ogum a transformação deste
conhecimento em técnica.
Apesar de ser possível fazer preces e oferendas a Oxóssi
para os mais diversas facetas da vida, pelas características de expansão e
fartura desse orixá, os fiéis costumam solicitar o seu auxílio para solucionar
problemas no trabalho e desemprego. Afinal, a busca pelo pão de cada dia, a
alimentação da tribo, costumeiramente cabe aos caçadores.
Mãe Stella de Oxóssi
"Por suas ligações com a floresta, pede-se a cura para
determinadas doenças e, por seu perfil guerreiro, proteção espiritual e
material. É o senhor da inteligência, do conhecimento, da sabedoria e da
curiosidade. Dizem os mais antigos que Oxóssi é o único orixá que conhece o
segredo do mundo fora os Funfuns e Onilé, pois quebrou todos os tabus do mundo.
Por isso, nada passa desapercebido por Oxóssi."
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Ox%C3%B3ssi
COMO SÃO OS FILHOS DE OXOSSI?
Seus filhos são alegres e joviais, muito falantes, nervosos
e inseguros, embora não transmitam essas emoções, pelo contrário, sua companhia
é agradável e estimulante. Em alguns momentos, são agressivos e francos a ponto de
serem grosseiros, porém, a simpatia que ele irradia faz com que sempre esteja
rodeado por um grupo ativo e dinâmico.
Místicos e intuitivos, são dotados de
notável rapidez mental, gostam de ouvir conselhos e orientações, mas esquecem
tudo na hora de agir, tornando-se, então, precipitados, sem lógica e, por
vezes, indecisos: acompanhá-los não é fácil. Tem muitos amigos, mas não gosta de intimidade excessiva.
É
amável e acolhedor, mas reserva-se bastante. Deixa-se levar por elogios, o que
lhe traz alguns dissabores na vida. Fala e escreve muito bem, excelente
coordenador de atividades, distribui bem as tarefas de cada um, só que para ele
nunca sobra nada para fazer embora pareça ser o mais ativo de todos.
É
inventivo e original em seus planos, é astuto e sagaz, mas também é impaciente
com os lentos, com os calmos e reflexivos, deixando para trás aqueles que não
acompanham seu ritmo ativo. Movimento e mudanças são uma constante para ele,
suas ideias mudam quando menos se espera, nada está estabelecido, sujeito a
experimentar novas sensações e emoções, pois para ele tudo é possível de sofrer
alterações.
Aprecia discussões pelo prazer de vencer intelectualmente
ideias opostas as suas, é afetuoso, generoso e sensível, mas atitudes
apaixonadas e ardentes não fazem parte deste arquétipo, ele se interessa mais
pelos aspectos intelectuais em suas relações. A monotonia entedia o filho de
Oxóssi, que precisa sempre ser estimulado, esses estímulos são trazidos pelas
inovações e mudanças, assim ele consegue manter-se interessado e produzir. Como
é um pensador independente tem dificuldade em aceitar opiniões diferentes das
suas, trabalhar em equipe é desgastante se tiver que enfrentar conflitos
constantes.
O filho de Oxóssi tem aptidões múltiplas, gosta do estímulo
mental constante e procura sempre novidade no que faz, essas características
norteiam sua vida profissional. Quando tem um projeto em andamento, sua atividade
redobra e é capaz de gastar muita energia para desenvolvê-lo. O esgotamento que
a dedicação intensa ao trabalho provoca é capaz de afetar seu sistema nervoso
sensível.
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Ox%C3%B3ssi
QUALIDADES DE OXOSSI
Koifé
Otin
Òdéarólé
Akeran
Ajayipapo
Danadana
Apáòka
Kare
Irinlè (Inlé)
Ibualamo
Isambu
Onisewe
Inkulé
Infamí
Oreluéré
Etetú
Edjá
Omínòn
Obérùnjá
Wawá
Wale
Ibo
Mutalambô.
OXOSSI DERROTA O PÁSSARO DA MORTE!
Em tempos distantes, Odùdùwa, Rei de Ifé, diante do seu
Palácio Real, chefiava o seu povo na festa da colheita dos inhames. Naquele ano
a colheita havia sido farta, e todos em homenagem, deram uma grande festa
comemorando o acontecido, comendo inhame e bebendo vinho de palma em grande
fartura.
De repente, um grande pássaro, pousou sobre o Palácio, lançando os
seus gritos malignos, e lançando farpas de fogo, com intenção de destruir tudo
que por ali existia, pelo fato de não terem oferecido uma parte da colheita as
feiticeiras Ìyamì Òsóróngà. Todos se encheram de pavor, prevendo desgraças e
catástrofes. O Rei então mandou buscar Osotadotá, o caçador das 50 flechas, em
Ilarê, que, arrogante e cheio de si, errou todas as suas investidas,
desperdiçando suas 50 flechas. Chamou desta vez, das terras de Moré, Osotogi,
com suas 40 flechas.
Embriagado, o guerreiro também desperdiçou todas suas
investidas contra o grande pássaro. Ainda foi, convidado para grande façanha de
matar o pássaro, das distantes terras de Idô, Osotogum, o guardião das 20
flechas. Fanfarrão, apesar da sua grande fama e destreza, atirou em vão 20
flechas, contra o pássaro encantado e nada aconteceu.
Por fim, todos já sem
esperança, resolveram convocar da cidade de Ireman, Òsotokànsosó, caçador de
apenas uma flecha. Sua mãe, sabia que as èlèye viviam em cólera, e nada poderia
ser feito para apaziguar sua fúria a não ser uma oferenda, uma vez que três dos
melhores caçadores falharam em suas tentativas. Ela foi consultar Ifá para
Òsotokànsosó.
Os Babalaôs disseram para ela preparar oferendas com ekùjébú
(grão muito duro), também um frango òpìpì (frango com as plumas crespas), èkó
(massa de milho envolta em folhas de bananeira), seis kauris (búzios). A mãe de
Òsotokànsosó fez então assim, pediram ainda que, oferecesse colocando sobre o
peito de um pássaro sacrificado em intenção e que oferecesse em uma estrada, e
durante a oferenda recitasse o seguinte: "Que o peito da ave receba esta
oferenda".
Neste exato momento, o seu filho disparava sua única flecha em
direção ao pássaro, esse abriu sua guarda recebendo a oferenda ofertada pela
mãe do caçador, recebendo também a flecha certeira e mortal de Òsotokànsosó.
Todos após tal ato, começaram a dançar e gritar de alegria: "Oxossi!
Oxossi!" (caçador do povo). A partir desse dia todos conheceram o maior
guerreiro de todas as terras, foi referenciado com honras e carrega seu título
até hoje. Oxossi.
ERVAS DE OXOSSI
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