Pular para o conteúdo principal

VAMOS FALAR SOBRE PCD?

 Autora: Ally Bevilacqua - Médium no T.U.S. Caboclo Pena Verde e Flecheiro de Aruanda

Editor e administrador do Blog Baiano Juvenal: Pai Eduardo de Oxossi




A inclusão de pessoas com deficiência (PCDs) é uma questão de justiça social e de respeito às diversas capacidades humanas. No Brasil, cerca de 45 milhões de pessoas possuem algum tipo de deficiência, o que representa aproximadamente 23,9% da população. Apesar disso, uma parcela bem pequena dessas pessoas está inserida no mercado de trabalho, o que evidencia uma lacuna preocupante na inclusão social e profissional dessas pessoas.


O Que Significa Ser uma Pessoa com Deficiência?


Ser uma pessoa com deficiência não significa incapacidade, mas sim possuir uma característica de natureza física, mental, intelectual ou sensorial que pode requerer adaptações no ambiente e na sociedade para garantir a plena participação dessa pessoa em todas as esferas da vida. Essas características são variadas e não determinam o valor ou a competência de uma pessoa, mas sim a necessidade de uma abordagem inclusiva que respeite e valorize a diversidade.


Exclusão das PCDs do Mercado de Trabalho


De acordo com o IBGE, menos de 1% do total de empregos formais no Brasil é ocupado por pessoas com deficiência. Essa exclusão é preocupante e reflete uma falta de oportunidade e de inclusão dessas pessoas no mercado de trabalho. Entre os poucos que conseguem ingressar no mercado, muitos enfrentam condições de subemprego, com a maioria atuando em cargos operacionais e ganhando menos que a média dos demais trabalhadores. Isso evidencia um problema estrutural de preconceito e falta de acessibilidade no ambiente de trabalho.


Capacitismo: Uma Barreira Invisível


Capacitismo é a discriminação e o preconceito contra pessoas com deficiência, baseado na crença de que pessoas sem deficiência são superiores. Esse tipo de discriminação é pautado na construção social de um corpo considerado "normal" e na subestimação das capacidades e habilidades das pessoas com deficiência. O capacitismo está presente em diversas esferas sociais e é uma barreira significativa para a inclusão e a valorização das PCDs.


Tipos de Deficiência


É importante destacar que a deficiência não se trata de incapacidade, mas de uma característica de natureza física, mental, intelectual ou sensorial. Abaixo, exploramos alguns dos tipos mais comuns de deficiência:

·         Deficiência Física: Envolve alterações completas ou parciais de um ou mais segmentos do corpo, resultando no comprometimento da função física. Exemplos incluem paraplegia, amputações e nanismo.

·         Deficiência Intelectual: Refere-se a limitações no desenvolvimento de habilidades como controle de emoções, adaptação, aprendizado e interação social. Exemplos são autismo e síndrome de Down.


Deficiências Invisíveis e a Importância dos Cordões de Identificação


Nem todas as deficiências são visíveis. Deficiências invisíveis, como algumas condições de saúde mental ou doenças crônicas, podem não ser aparentes, mas afetam significativamente a vida da pessoa. O uso de cordões de identificação de deficiência pode ser uma ferramenta importante para sinalizar essas condições e promover um ambiente mais compreensivo e inclusivo.




Palavras e Frases Capacitistas que Precisamos Tirar do Nosso Vocabulário


"Dar uma de João sem braço"

Essa expressão é capacitista porque associa uma deficiência física (a falta de um braço) com a ideia de fingir ignorância ou tentar se esquivar de responsabilidades. Isso reforça estereótipos negativos e desvaloriza as pessoas com deficiência.

"A desculpa do aleijado é a muleta"

Essa frase é prejudicial porque implica que as pessoas com deficiência usam suas condições como desculpa para justificar falhas ou limitações. Além de ser uma afirmação injusta, ela desconsidera as dificuldades reais enfrentadas por essas pessoas.

"Você está surdo? Você está cego?"

Perguntar dessa forma é capacitista porque usa condições sensoriais (surdez e cegueira) como metáforas para desatenção ou incompreensão, o que desrespeita e minimiza as experiências de pessoas que vivem com essas deficiências.


Promover a inclusão e combater o capacitismo é um dever de todos, e a informação é o primeiro passo para construirmos uma sociedade mais justa e igualitária para as pessoas com deficiência.


Recursos Adicionais

Para se aprofundar nesse tema, veja os conteúdos recomendados:

Direitos das Pessoas com Deficiência: o que são e como surgiram?: https://www.youtube.com/watch?v=Jla_A8fTCkM

Afinal, o que é o capacitismo?: https://www.youtube.com/watch?v=TGBO1f-dYag

EXPRESSOES CAPACITISTAS: https://www.youtube.com/watch?v=94eK0I9aIHw

Fontes:

https://www.catho.com.br/carreira-sucesso/o-que-e-pcd/

https://www.youtube.com/watch?v=Jla_A8fTCkM
https://www.youtube.com/watch?v=TGBO1f-dYag

https://www.youtube.com/watch?v=94eK0I9aIHw


Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

TRABALHOS COM CABEÇA DE CERA NA UMBANDA

INTRODUÇÃO A Cabeça é o lugar mais sagrado para o Umbandista. É ali que vive o seu Ori, sua coroa, sua mente, seu cérebro, o início dos seus chacras, etc. Trabalhos com cabeça de cera devem ser feitos por pessoas experientes e fundamentadas. Na dúvida sobre o que ou como fazer, sempre consulte o pai de santo de sua confiança.  CABEÇA DE CERA PARA OXUM: PEDIDOS E PROMESSAS Oxum é muito conhecida por receber cabeças de cera em seus trabalhos, seja ele para amor (embora a Umbanda em si seja contra trabalhos de amarrações) ou para outros pedidos.  Em São Paulo está localizado o Santuário de Aparecida do Norte. Lá é recebido diariamente muitas peças de cera em pedido ou agradecimento de graças alcançadas por seus fiéis.  Podemos fazer cabeça de cera para cura, para melhorar os pensamentos, clarear as ideias, etc.  CABEÇA DE CERA COM YEMANJÁ: CALMA, LIMPEZA E DISCERNIMENTO.  Yemanjá é a mãe de todos. Este trabalho é indicado para acalmar alguém que encontra-se

NOMES DE MARINHEIROS E MARINHEIRAS NA UMBANDA

A Umbanda é uma religião 100% brasileira que se utiliza de conceitos de outras religiões como as religiões indígenas, o espiritismo, o catolicismo, etc. Como tal, apresenta uma ampla linha de trabalho pautada em diferentes culturas. Uma delas é a linha de marinheiros regida diretamente por Yemanjá e indiretamente por outros Orixás (Dependendo de onde aquele marinheiro é). Algumas casas de Umbanda tratam a linha de Marinheiro como vibração direcionada a Linha D'Agua: Oxum (Marinheiros de águas doces), Yemanjá (Marinheiro dos mares), Nanã (Marinheiro de águas turvas), Yansã (Marinheiro de águas agitadas e tempestades). Mas nada impede de termos um marinheiro ligado aos outros orixás: Pescadores (Oxossi/Yemanjá/Oxum), soldados da marinha (Ogum), profissionais e mercadores do porto (Oxossi), etc. Já o Candomblé segue nações (Ketu, Gêge, Nago) e como tal, sua doutrina antecede a Umbanda (religião criada posteriormente) e nem todas elas reconhecem a linha de marinheiros, a

BANHO DE ÁGUA DE COCO PARA DESENVOLVIMENTO NA LINHA DE BAIANOS

INTRODUÇÃO Na Umbanda a palavra "desenvolvimento" remete aos médiuns recém integrados ao processo de espiritualização, ou seja, processo em que as pessoas dedicam-se a descobrir seus guias, seus mentores espirituais, seus Orixás regentes, seus dons mediúnicos (em maior frequência a incorporação), etc. O desenvolvimento que uma pessoa precisa para se tornar um médium de Umbanda dura períodos diferentes para cada um, o que significa que cada um tem o seu tempo. A qualidade de um médium não advêm se ele passou a incorporar em um ou dois meses, mas sim, o quanto há de qualidade na conexão deste com os guias e mentores espirituais.  O desenvolvimento na Umbanda leva responsabilidades de estudo teórico (fundamento, doutrina, história, elementos de magia, elementos dos guias, linhas de força, etc) e sessões práticas (giras, trabalhos particulares, grupos de oração, trabalhos nas matas, etc).  Uma pessoa que inicia o processo de desenvolvimento mediúnico, muda sua ro