Pular para o conteúdo principal

POR QUE PULAR SETE ONDAS NO ANO NOVO? (POR EDUARDO DE OXOSSI)

INTRODUÇÃO



Existem inúmeros calendários no mundo que consideram o ano novo em datas diferentes. O mais famoso é de origem grego e romana que consideram o ano novo em 1 de janeiro, mês do Deus "Jano" (Deus dos portões, das mudanças e transições).

Neste calendário o primeiro dia entrante do próximo ano é considerado "Ano novo". É um período onde encerramos os ciclos do ano anterior e damos espaço a novos ciclos. representa uma data de corte, de mudança, de virada, de passagem, de renovação, de inovação, por isso é muito comum adotarmos rituais, magias, simpatias e outras técnicas para termos um ano melhor do que nos foi o ano anterior. 

POR QUE PULAMOS SETE ONDAS PARA YEMANJÁ NO ANO NOVO? 

Há vários rituais para se ter um bom ano novo: escolher cores que atraem energias específicas, defumar a casa, usar roupa nova, jejuar, jogar canela na porta de casa, tomar banho de ervas, acender velas, etc.

Um dos rituais mais populares para ter um bom ano novo é pular as "sete ondas" para Yemanjá. Para responder o "porquê" desta questão, temos que analisá-la profundamente.  O número "sete" é um número cabalístico para todas as culturas e religiões (sete mares, sete dias da semana, sete maravilhas do mundo, perdoar 70 x sete pessoas na bíblia, sete pecados capitais, sete cores são do arco-íris, sete notas musicais, sete linhas de Umbanda, sete anos de azar, etc). 

O número sete é praticamente um número de totalidade, de perfeição, de completabilidade. Por isso da escolha do "sete". Ele é universal, cultural, amplamente usado, reconhecido e passado de geração a geração. 

Já o mês de Janeiro é um mês de renovo, vulgo "Ano Novo", mês de Jano, mês em que diversos calendários reconhecem o encerramento e nascimento de ciclos. Já as ondas podemos fazer a analogia de agradar a Yemanjá (Mãe de todos, mãe de todas as cabeças) para termos um ano repleto de paz e sabedoria. 

Nota: Você pode fazer o rito que quiser, se ele não for seguido de merecimento, se não for de coração, se não for feito com fé será um rito vazio independente da religião.


QUEM NÃO PULAR SETE ONDAS NA UMBANDA NÃO TEM UM BOM ANO?

Quem não der dízimo na igreja evangélica não terá um bom ano?
Quem não comer hóstia na igreja Católica não tem um bom ano?
Se você não tem dinheiro para uma roupa nova de ano novo, então terá um ano ruim?

A Umbanda não acredita em um Deus punitivo. Nossa religião é regida por paz, evolução e amor.  Os orixás estão mais interessados nos nossos atos do que saber se nossas condições financeiras podem nos levar a uma praias bonita para pular ondas ou se teremos dinheiro para uma roupa nova de ano novo.

Tem pessoas que criticam a Umbanda o ano inteiro e no ano novo querem ir pular sete ondas, ou seja, hipocrisia!

Esta ideia de que pulamos sete ondas e fazemos "pedidos" deve ser evitada! Nenhuma religião é uma fonte de pedidos. Pular sete ondas é um ato simbólico e ilustra o seu louvor, a sua fé, o seu respeito a esta troca de ciclo (virada de ano). Por amor, fazemos isso nos campos da mãe da GERAÇÃO para que sejam gerados novos caminhos em nossas vidas. 

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

TRABALHOS COM CABEÇA DE CERA NA UMBANDA

INTRODUÇÃO A Cabeça é o lugar mais sagrado para o Umbandista. É ali que vive o seu Ori, sua coroa, sua mente, seu cérebro, o início dos seus chacras, etc. Trabalhos com cabeça de cera devem ser feitos por pessoas experientes e fundamentadas. Na dúvida sobre o que ou como fazer, sempre consulte o pai de santo de sua confiança.  CABEÇA DE CERA PARA OXUM: PEDIDOS E PROMESSAS Oxum é muito conhecida por receber cabeças de cera em seus trabalhos, seja ele para amor (embora a Umbanda em si seja contra trabalhos de amarrações) ou para outros pedidos.  Em São Paulo está localizado o Santuário de Aparecida do Norte. Lá é recebido diariamente muitas peças de cera em pedido ou agradecimento de graças alcançadas por seus fiéis.  Podemos fazer cabeça de cera para cura, para melhorar os pensamentos, clarear as ideias, etc.  CABEÇA DE CERA COM YEMANJÁ: CALMA, LIMPEZA E DISCERNIMENTO.  Yemanjá é a mãe de todos. Este trabalho é indicado para acalmar alguém que encontra-se

BANHO DE ÁGUA DE COCO PARA DESENVOLVIMENTO NA LINHA DE BAIANOS

INTRODUÇÃO Na Umbanda a palavra "desenvolvimento" remete aos médiuns recém integrados ao processo de espiritualização, ou seja, processo em que as pessoas dedicam-se a descobrir seus guias, seus mentores espirituais, seus Orixás regentes, seus dons mediúnicos (em maior frequência a incorporação), etc. O desenvolvimento que uma pessoa precisa para se tornar um médium de Umbanda dura períodos diferentes para cada um, o que significa que cada um tem o seu tempo. A qualidade de um médium não advêm se ele passou a incorporar em um ou dois meses, mas sim, o quanto há de qualidade na conexão deste com os guias e mentores espirituais.  O desenvolvimento na Umbanda leva responsabilidades de estudo teórico (fundamento, doutrina, história, elementos de magia, elementos dos guias, linhas de força, etc) e sessões práticas (giras, trabalhos particulares, grupos de oração, trabalhos nas matas, etc).  Uma pessoa que inicia o processo de desenvolvimento mediúnico, muda sua ro

NOMES DE MARINHEIROS E MARINHEIRAS NA UMBANDA

A Umbanda é uma religião 100% brasileira que se utiliza de conceitos de outras religiões como as religiões indígenas, o espiritismo, o catolicismo, etc. Como tal, apresenta uma ampla linha de trabalho pautada em diferentes culturas. Uma delas é a linha de marinheiros regida diretamente por Yemanjá e indiretamente por outros Orixás (Dependendo de onde aquele marinheiro é). Algumas casas de Umbanda tratam a linha de Marinheiro como vibração direcionada a Linha D'Agua: Oxum (Marinheiros de águas doces), Yemanjá (Marinheiro dos mares), Nanã (Marinheiro de águas turvas), Yansã (Marinheiro de águas agitadas e tempestades). Mas nada impede de termos um marinheiro ligado aos outros orixás: Pescadores (Oxossi/Yemanjá/Oxum), soldados da marinha (Ogum), profissionais e mercadores do porto (Oxossi), etc. Já o Candomblé segue nações (Ketu, Gêge, Nago) e como tal, sua doutrina antecede a Umbanda (religião criada posteriormente) e nem todas elas reconhecem a linha de marinheiros, a