O Trono Masculino da Geração na Umbanda Sagrada é o trono que vibra o encerramento de ciclos, o esgotamento e finitude das energias, das coisas, dos tempos, um reino que podemos fazer uma analogia a um “buraco negro”.
Na física entendemos “Buraco negro” como uma região do espaço-tempo em que o campo gravitacional é tão intenso que nada — nenhuma partícula ou radiação eletromagnética como a luz — pode escapar dele.
Trabalhamos a energia deste trono principalmente na figura do Orixá Omolu, regente da morte, da terra seca, dos cemitérios, do fim das coisas. Omolu é o Orixá que rege as almas no seu aspecto final, de dar fim, de encerrar a vida, o ultimo suspiro, a melhora da morte, o próprio esquecimento ao longo do tempo, uma energia instintiva e trituradora tão forte que nem a luz pode fugir dela.
Um dos seus sincretismos é São Roque, um santo da Igreja Católica Romana, protetor contra a peste e padroeiro dos inválidos, cirurgiões, e dos cães. É também considerado por algumas como protetor do gado contra doenças contagiosas. A sua popularidade, devido à intercessão contra a peste, é grande sendo padroeiro de múltiplas comunidades em todo o mundo e padroeiro de diversas profissões ligadas à medicina, santo protetor contra a peste, padroeiro dos inválidos, ao tratamento de animais e dos seus produtos e dos cães.
No Candomblé Omolu está associado a Obaluaê, sendo Obaluaê em sua versão mais jovem (a cura) e Omolu em sua versão mais velha (a morte). Rogamos a Omolu principalmente pelos moribundos, ou seja, aqueles que estão prestes a morrer ou a deixar de existir, aqueles que estão quase morrendo e não tem mais perspectiva médica de melhoras, aqueles que encontram-se em estados graves e próximos ao seu momento de desencarne.
Rogamos a Omolu pelo corte de demandas, pelo corte de vícios, pelo corte de energias e situações que precisam ser encerradas, esquecidas, acabadas, enterradas, finalizadas.
CARACTERÍSTICAS DO TRONO MASCULINO DA GERAÇÃO
Trono: Masculino da Geração
Orixá regente: Omolu
Sincretismo religioso: São Roque
Dia de Omolu: 16 de Agosto (Dia de São Roque) ou 02 de Novembro (Dia de finados)
Dia da semana: Segunda-feira
Cor de Vela: Preto e Branco
Fio de conta: Preto e Branco
Banhos e Ervas: Folha de Mamona, Dandá da Costa, Casca de Alho, Agua de côco seco, sete sangrias, casca de cebola, pinhão roxo.
Saudação: Atotô Omolu, que significa “silêncio, respeito, quieto”.
Campo de força: Cemitérios.
Animais que representam a presença de Omolu: Cachorro de pelo preto.
Número: 4
Bebida: Vinho seco
Comidas: Pipoca, côco seco, feijão preto com dendê, lascas de côco com mel, abacaxi, jaboticabas, etc.
Elementos de Omolu: fitas preta e branca, cemitério, búzios, terra preta, cabaças, palha.
Verbos ligados a Omolu: Encerrar, finalizar, Esgotar, Cortar, Anular, Finalizar, Concluir, Terminar, Sugar, Drenar, etc.

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